sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fim dos exames

Ola a todos, benvindos a mais uma edição do meu blog (o corrector automatico do meu computador acaba de sugerir que eu troque "benvindos" por "betinhos).
Ontem entreguei o meu ultimo exame o que fez de mim um feliz rapaz em férias.
Como tal, toca a aproveitar. São 4:30 da manhã, vou agora apanhar um avião para Oslo que será o ponto de partida de uma nova voltinha pela Europa. É exactamente isto que acontece a quem paga barato pelos aviões. Sujeitamo-nos a estes horários. É como diz o outro, "o barato sai caro". Ontem ouvi uma óptima expressão deste género dita por uma velhota a uma jornalista. "É como diz o outro" - diz ela - "isto é uma faca de dois legumes".
E É MESMO.
Antes de acabar este post tenho que vos deixar mais uma imagem da vista dos meu quarto, tirada ontem.
Já cá estou há 5 meses (quase 6) e ainda não deixei de me espantar com a vista brutal que tenho.
A fotografia que pus agora no cabeçalho do Blog também me espanta bastante, embora não a tenha tirado do meu quarto.




P.S. Alguém me avise quando nasce o meu sobrinho novo!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O

O post que se segue foi escrito na integra pelo Manuel que, por estar em Bergen como eu, ganhou o direito aos seus 15 minutos de fama no meu Blog.

No sábado passado, ao acordar, reparei que já estava com o cabelo demasiado grande. Ir a um barbeiro norueguês estava fora de questão, pois para além de ser caro, existe uma alta probabilidade da pessoa sair de lá e ser confundida com o Cristiano Ronaldo. Foi então que me lembrei que o Martim tem uma máquina de rapar o cabelo. “Perfeito” pensei eu, “é rápido e não gasto dinheiro”. Como o Pedro já tinha tido essa ideia uns dias antes, a máquina estava a viver no quarto dele. O que era ainda melhor: ia ter alguém para me ajudar e evitar assim algumas ginásticas complicadas típicas de quem corta o cabelo a si próprio. Nessa tarde, lá fui eu ter ao quarto do Pedro para dar início ao processo. O primeiro passo, e mais importante, é escolher o tamanho na máquina. Como neste país faz frio, e eu não queria ficar com o cabelo demasiado curto achei que o maior tamanho – oito – se adequava perfeitamente. Com um balde à minha frente e a cabeça inclinada para o mesmo, começou o “ceifar da trunfa”. De vez em quando tinha que interromper e ir ver ao espelho se estava a rapar bem, pois o fio da máquina não permite as duas coisas em simultâneo. E tudo corria dentro da normalidade. Quando acabei de fazer o que conseguia sozinho, entrou o Pedro em acção. Pegou na máquina, tirou-lhe a pecinha que faz a diferença entre “máquina oito” e “máquina zero”, e começou a tirar alguns cabelos que só saem dessa maneira. Um pouco como fazem os barbeiros profissionais com uma lamina. Mais uma vez, tudo normal.

Quando tudo acabou, eu resolvi ir ao espelho (por uma questão de precaução) para ver se tudo tinha ficado bem feito. À primeira vista, tudo normalmente bem cortado. Mas quando olhei melhor, reparei que uns quantos cabelos, num deliberado acto de rebeldia, tinham ficado por cortar, erguendo-se majestosamente no topo da minha cabeça. E eu, determinado em resolver a situação, peguei na máquina para atacar os dissidentes com firmeza. Já fora do alcance do espelho, calculei mais ou menos onde eles estavam e enfiei a maquina por ali a dentro.

Curiosamente, caíram no balde mais cabelos do que o costume. Estranhando, e meio hesitante, resolvi levar a mão a cabeça. “Falta aqui qualquer coisa…” pensei eu. E foi então que me apercebi que aqueles cabelos rebeldes não só se tinham ido embora, como com eles foi também um número considerável de inocentes. A máquina, implacável, tinha ceifado tudo pela raiz, abrindo uma clareira no topo da minha cabeça. Quando percebeu o que aconteceu, o Pedro saltou imediatamente para o meu lado, de câmara de filmar em punho. Entre risos, tentava captar o delicioso momento, e lutava contra a minha resistência. Finalmente lá deixei que se filmassem uns escassos segundos, contra minha vontade.

No fim desta cena, só restava uma dolorosa solução: rapar tudo o resto com a assassina maquina zero. E assim aconteceu. Comecei por ficar parecido com aqueles monges da idade média que só deixavam uma franjinha ridícula a toda a volta da cabeça, e acabei igual à Fernanda Serrano. Acho que nunca tive tanto frio, é impressionante. Neste momento o gorro é o meu melhor amigo, só tenho pena que algumas pessoas achem que estou a ir para a natação quando passo por elas lol.

O (Video)

AVISO: LER PRIMEIRO O TEXTO, VER O VIDEO DEPOIS.

O FILME NÃO ESTÁ COM MUITO BOA QUALIDADE PORQUE NÃO QUIS PERDER MUITO TEMPO A PÔ-LO AQUI. AINDA ASSIM VÊ-SE BEM.

NA ÚLTIMA CENA, CONVENCEMOS A VALERIA, VIZINHA DO MANUEL, A EXPERIMENTAR O GORRO (SÓ PARA VER SE LHE FICAVA BEM).


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Blogger passou-se! O meu último Post estava todo marado (pelo que foi reformulado). Aposto que o Blogger nunca viu a Aurora Boreal

Finalmente encontrei tempo para actualizar decentemente o Blog. Neste momento estou no avião, a caminho de Bergen. Tromso foi brutal. Quando chegámos não estava muito bom tempo mas logo melhorou, o que possibilitou condições decentes para a nossa viagem. Ficámos a dormir no Tromso Camping onde alugámos uma cabana de 4 baratuxa para preços Noruegueses.

A cidade em si não é muito grande mas tem das melhores paisagens que já vi. Logo no primeiro dia fomos a um miradouro onde ficámos a manhã toda (ou seja, quando descemos já era noite...). O Sol desaparece antes da uma e aparece por volta das dez da manhã. Ainda assim, ainda há um periodo razoável sem Sol mas com luz. Os dias curtos distorcem tudo: nunca sabemos se estamos com fome ou não ou mesmo com sono. Num dos dias quinámos todos às 5:30 da tarde! No outro, ao apercebermo-nos que já eram 1:30 da manhã, a Teresa disse a seguinte expressão (que mais tarde ficou famosa): "Aiiiii, Javali!"

É uma confusão para o organismo andar aqui sem relógio. E os relógios aqui... Coitados. Nunca desconfiei assim de ninguém. Básicamente, descofia-se tanto, que acabámos por os tirar. Foi uma relação Amor-Ódio.

À noite aproveitámos, claro, para ver as Northern Lights, também conhecidas como Aurora Boreal (ou, como o Manel dizia até ontem, Aurora Boleal). Não tivemos imensa sorte visto que não apanhámos nenhum dia espectacular mas deu para ver o céu a ficar verde e com movimento a meio da noite. Num dos dias fomos para uma ex-tenda dos índios (samis), fizemos uma fogueira, sentámo-nos em cima de peles de rena a beber chá e comer bolo esperando pelas luzes. Foi mega-ri-fixe.

Ontem fomos a uma terra aqui ao pé - Finsness - de barco fazer hiking. Passámos a manhã toda a subir uma montanha onde o caminho já estava todo congelado. Houve malhos, claro, mas ainda chegámos a tempo do pôr-do-sol (meio dia, mais ou menos...). E óbviamente quem foi a campeã dos malhos?

Mariana, claro! Caiu 6 vezes! SEIS! Eu e a Teresa mandámos cada um o seu malho e o Manu nunca caiu porque, como é um menino, evitou o gelo e ia sempre por caminhos maiores no meio do bosque!


E agora, toca a trabalhar que amanhã tenho uma apresentação!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Depressão Pós-Russia e Tromso, 56º N

Olá a todos. Já há uns dias que não escrevia nada aqui. Começo por vos contar como foi chegar da Rússia. A minha primeira reacção ao voltar a pôr os pés em Bergen foi boa. Já me sinto mesmo em casa neste sítio e quando cheguei foi mesmo isso que pensei: "A minha cidade, os meus sítios, o meu passe dá para estes autocarros, a senhora da caixa do supermercado está mais magra!". É giro ver que já pertenço aqui. No entanto, depois de dias tão agitados e aventureiros, voltar à terrinha pode desmoralizar... E desmoralizou! Na semana seguinte tive alguns momentos de noia em que não sabia bem o que fazer. Admito que foi quase como que me estivesse a adaptar outra vez. Foram os dias mais difíceis que cá passei. Dito assim parece que foram 15, mas foram, no máximo 2. Num desses dias aconteceu uma coisa gira.

Como já tinha dito aqui, não há nada melhor que uma musica pimba para matar as saudades. Baseado neste princípio bem verdadeiro, pus-me a fazer o jantar a ouvir os meus sons portugueses. Como sabem, a minha cozinha é partilhada, mas eles são todos estrangeiros (excepto um Português que não estava) e é lhes igual se eu estiver a ouvir Mariza ou Ruth Marlene. Isto foi só um à parte, porque eu nesse dia estava sozinho. Lá estou eu a cozinhar quando o meu iPod, que me conhece tão bem, decide tocar "Mestre da Culinária" do grande Quim Barreiros. QUE CLIMAX. Era o sal numa mão, pimenta na outra, cebolas a voar pró refogado, margarina a deslizar na outra panela e eu com um acordeão nas mãos feito com uma embalagem de pão de forma meia vazia. Nos meus pensamentos, eu já estava quase no palco da queima das fitas de Coimbra quando noto que, tal como nesse grande evento, ali, na minha cozinha também há público. Claro que fiquei um bocado envergonhado, mas não muito. "Eles não fazem ideia quem é o Quim" - pensava eu... ERRADAMENTE. Eram Tugas!!! Que horror! Felizmente eram do Alentejo e só foram a Lisboa uma ou duas vezes... Já estava a imaginar todo o meu projecto de vida estragado por uma embalagem de pão em forma disfarçada de acordeão. Estavam ali à procura de um amigo qualquer que é português mas que eu não sei que é.

Foi um bocado chato. Mas continuando...

O Outono chegou em força a Bergen e chovem folhas como eu nunca vi. Chovem folhas mesmo. Onde quer que se esteja há folhas a cair não sei de onde.

Hoje chega a Mariana e vamos com o Manu e a Teresa Saldanha para Tromso, a cidade mais a Norte do Mundo (esta afirmação pode provocar controvérsia. Há outros sítios mais a Norte, mas esta é a grande cidade mais a Norte do Mundo).

Não pesquisem "Tromso" na Internet. Faz frio só de saber onde é...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

From Russia With Love (Parte II, ler primeiro a parte I, em baixo)

Chegámos a Moscovo e, embora estivessem menos 2 graus, andei de T-shirt a manhã inteira. Desperdicei um bocado a visita guiada da manhã porque estava cansado demais e, assim como toda a gente com excepção da guia e do motorista, adormeci no autocarro. Só me lembro de chegar ao hotel e ouvir a guia a acordar-nos após 3:30 de desprezo.

Em Moscovo fomos ao Ballet russo com os nossos amigos Exchange mas, à saída, perdemo-nos deles. Fui com o Manu ao Sushi.

(preparem-se para esta história)

Chegamos lá e, após nos dizerem que têm menus em Inglês, trazem-nos um em russo para a mesa. Nós pedimos à Sra. a versão inglesa mas ela disse que traduzia e eu perguntei-lhe se este prato era sushi ou sashimi, frito ou cozido, “blá, blá, blá”. Estávamos com pressa porque queríamos ir para a noite e, por isso, encomendámos o prato mais barato do menu russo. Esperámos meia hora e o prato, que era o mais barato, nunca mais chegava. De repente chegam dois pratões gigantes com umas 30 peças de sushi cada. “Comer na Russia é mesmo barato, pensámos nós”. Mandámos vir mais um prato igual.

Quando chega a conta, em vez dos esperados 900r que íamos pagar, recebemos 5100 (quase 150 euros)!

Chamo a empregada, que diz não percebeu que prato é que queríamos por isso escolheu um (curiosamente o mais caro). Eu disse-lhe que nunca iria pagar aquele valor e que, se ela não percebeu que prato tinha sido pedido, era um problema dela visto que eu não percebo russo.

A mulher era tão burra que aquilo não podia ser esquema. Só dizia “ but I brought you Sashimi becauce we talked about it…” e eu estava-me a passar. Depois dizia, “Well, I understand your point of view but you ate the sashimi so now you’ll have to pay”. E eu sempre a recusar. Passado um bocado ela aparece com uma conta nova. Diz que falou com a chefa que lhe disse que eles tinham de fazer uma conta nova porque nós tínhamos razão.

Abro a conta: 4500!

Fiquei no restaurante pelo menos 1:30 a resolver isto. Acabamos por pagar 1200, mas eu tinha pago 4000 a alguém que tivesse levado aquela mulher para a Ilha da Pascoa e a deixasse lá para sempre.

Agora que penso nisso, se calhar foi ali que clonaram o meu cartão… Não. Aí quem pagou foi o Manel. Devem ter clonado o meu ao almoço e o dele ao jantar.

Saímos do restaurante, tardíssimo, chateados mas de barriga muito cheia! A depressão apoderou-se de nós. Perdemos a saída à noite Exchange em Moscovo porque ficámos a discutir com a mulher. Estava a chover torrencialmente e ninguém nos queria dar boleia para o hotel. Todos os transportes já tinham fechado e o hotel era nos subúrbios (tipo 2h a pé, para quem sabe o caminho).

Senti muito a falta do meu Dudu (carro Daweoo).

Daí, e graças à nossa veia musical, veio uma música inspirada no Boom Boom Boom Boom (dos Vengaboys) que glorifica o Daweoo que nos salva destes momentos chuvosos e tristes em Lisboa.

Era assim:

Dudu Dudu
Dá pra sentar o cu
Para ir prá faculdade
A toda a velocidade

...

Foi então que eu literalmente enfiei a pata na poça e fiquei molhado ate ao gémeo. Desta vez, inspirados pelos SantaMaria e o seu famoso tema “Há um mar à solta nas areias deste mar”, fizemos um videoclip:


Para quem não percebeu:

Há uma poça à solta nos passeios desta rua
Tudo gira à minha volta
Não há táxis, Tou Lixado!

Ohhhh
AS PINGAS DA CHUVA!

Bem, depois de muita chuva e muito penar, lá arranjámos um homem que nos deixou no hotel. Foi giro porque, quando chegámos lá, ninguém tinha ido sair.

No dia seguinte fomos visitar tudo. Moscovo é também uma cidade brutal mas já estávamos a ficar cansados da desorganização russa. Fomos ao Kremlin e à Praça Vermelha, visitamos as ruas todas mais importantes e as Igrejas mais conhecidas. Às 11h da noite fomos embora para Helsínquia que foi, para mim, a pior cidade do norte.

(por isso não vou perder tempo a contar-vos como foi).

Um alto barcão trouxe-nos de volta a Stockholm onde passámos dois óptimos últimos dias. A Joana (da UCP) arranjou acolhimento para nós e ficámos em casa duns amigos dela da Nova. Ela fez anos na 2ª, pelo que houve um bom jantar tuga para comemorar. Stockholm é uma das melhores cidades do Norte da Europa. Moderna mas não muito industrial e bastante jovem. Fomos ao museu do Nobel (bastante fraco quando comparado com o de Oslo, só sobre o prémio da Paz), ao ex-palácio dos reis e outros sítios giros.

Uma das melhores coisas que fizemos foi passar no Ice Bar. O primeiro bar do mundo inteiramente construído em gelo, com temperatura ambiente de -5ºC. O bilhete dá direito a uma roupa de esquimó, luvas e uma bebida. Óbvio que o bar é lindo e que adorámos.

A barman adorou-me desde o momento em que eu lhe disse “This is so cool”.

P.S.: "Há um mar há solta nas areias deste mar" é de facto do mais desnexo que há.
Era como dizer "Há um azeite há solta nas alfaces deste... Azeite (supostamente era salada mas assim já fazia algum sentido"
Infelizmente, neste campo do non-sense, a nossa música ficou muito atrás dos SantaMaria.

FOTOGRAFIAS DA VIAGEM:
http://www.facebook.com/album.php?aid=130642&id=665626431&l=dd6a741d18

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

From Russia With Love (Parte I)

Olá a todos mais uma vez. Parece que finalmente vou poder contar com mais calma as minhas últimas semanas, visto que tenho duas horas de espera no aeroporto de Oslo para preencher. Começo por vos falar do meu primeiro dia em S. Petesburgo. Nesse dia, supostamente, íamos acordar cedo para planear o dia e combinámos encontrar-nos com outros Erasmus no pequeno-almoço do hotel, de manhã. O plano só não se concretizou devido a um fenómeno que acabo de baptizar como “A mãozinha anti-som do Manuel”. Mal o despertador toca, para as horas que ambos programámos no dia anterior, a mãozinha anti-som do Manuel dá-lhe uma marretada tal que ele cala-se para sempre. Graças a esse comportamento, já conhecido anteriormente, chegámos logo atrasados à nossa primeira combinação de sempre com alemães.

Aproveito agora para vos descrever como é tomar o pequeno-almoço buffet num hotel de quatro estrelas russo. Eu já vinha preparado para este evento porque em pequenino joguei várias vezes à apanhada e às escondidas. Tudo funciona assim: os empregados põem os produtos na bancada para nós levarmos para a mesa. O que se passa é que os produtos vêm em pouca quantidade e raramente são repostos. Quando nos dirigimos a um empregado eles vão sempre para o coito. Ex: Como já não havia ovos mexidos, decidi ir pedir ao cozinheiro que me fizesse uns. Dirigi-me ao senhor que se escondeu atrás do bacon e depois fugiu para as omeletes. Quase que o apanhei atrás dos ovos cozidos mas ele chegou mais rápido à cozinha e nunca mais saiu.

A seguir tivemos uma visita guiada numa camioneta com uma guia. Na Rússia, por motivos óbvios, ninguém fala Inglês na geração dos guias, pelo que a visita foi muito divertida. A primeira frase dita pela guia no microfone foi: “Welcome to St. Petesburg, European Style Niver River Peter The Great”. Essa frase foi repetida inúmeras vezes e parecia ter sempre um significado diferente. Ainda assim a visita foi óptima, deu para aprender algumas coisas e ficar com uma boa ideia da cidade.

Nos dias seguintes passeámos por ali e vimos com mais calma a maior parte das coisas importantes.

COMBOIO PARA MOSCOVO: UMA EXPERIENCIA QUE (não) É PARA TODOS

Imaginem uma viagem de comboio de 15 horas. Agora imaginem que não há bancos, só camas. Que não há portas. Que chegam à vossa cama e estão dois chineses (um de tronco nú) lá sentados a falar com as vossas vizinhas da frente, duas chinesas (e uma tem menos de 2 anos e chora à noite).

(na verdade chamar vizinhas a essas pessoas é simpático. Vou chamar-lhes antes companheiras uma vez que elas estavam perto demais para ser vizinhas.)

(Durante a noite, acordei com os pés da mãe chinesa praticamente na minha cara.)

Continuem a imaginar. Um comboio onde todas as pessoas, quando querem ir para os seus lugares, passam no corredor central, tão perto da vossa cama que não é raro levar com umas malas na cabeça/pés durante o sono.

Foi muito intenso.

As memórias do Titanic desapareceram e só não tive medo de ser roubado pelo Jamal Malik e pelo irmão porque neste comboio também não havia…

JANELAS!!!!


(continua...)

From Russia With Love (Fotografias da Parte I)

Embora desfocado, há que começar com o momento "Arroz d'Atum" no comboio Bergen - Oslo

Na árvore da Paz, Oslo
Grupo com quem estivemos em Oslo

Barco visto de cima

Eu e Manuel no Spa do barco a curti-las
Na discoteca do barco

O salão do cigarro do barco

Discoteca do barco

Banda do barco

E podia continuar a impressionar-vos com o iate mas vamos continuar...

Eu, e Tallin aos meus pés

Algumas das meninas da nossa universidade em Tallin
Os nossos companheiros de quarto
Nós com um guarda russo (reparem no sorriso unilateral-sedutor usado por este senhor - que não fala - para a fotografia).

Especialidades russas + 3 shots de vodka russo provados no museu do Vodka

Basílica de S. Petersburgo à noite


Cama no comboio para Moscovo (a máquina foi posta na cama da chinesa - não na ponta - sem zoom)

Era impossível fotografar o interior do comboio porque de nenhum sitio havia angulo suficiente para mostrar qualquer coisa.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

IRMÃOS KARVALHAZOV

Malta, sei que muitos de vocês estão a passar por um período de extrema inveja (especialmente os meus irmãos, daí o nome do post). Só para que saibam, a Rússia é um país brutal, diferente de tudo o que vi até hoje. Antes deixem-me só contar um bocado como foram estes dias.
Na 5ª feira de manhã, a Marta Uva chegou a Bergen. O Manel não sabia de nada, por isso eu fui sozinho buscá-la à estação de comboio às 6:55. Podem imaginar o que me custou sair da minha cama quente para o tempo escuro, enevoado e chuvoso que estava.
Chegamos a casa e, após recuperar o sono, chamámos o Manu que adorou a surpresa (o vídeo do momento constará, mais tarde, neste blog),
A Marta esteve em Bergen nesse dia e, 6ª à noite, apanhámos um comboio para Oslo onde íamos dormir em casa de um português, o Zé Bandeirinha. Inspirados pela salada de atum que a mãe fez no dia do meu interrail, pusemos a Srª. Uva a fazer Arroz de Atum. Foi bom ela ter vindo…
No comboio devorámos o arroz e os Srs. ao nosso lado estavam a passar-se connosco. Acho que não deve ser normal comer arroz de atum nas carruagens dos comboios. Na viagem, eu dormi muito mal, a Marta médio e o Manuel muito bem. Chegamos a Oslo, 6h da manhã, tooodos contentinhos até que alguém diz: “ Quem é que liga ao Zé?”



…….



“NÃO TROUXESTE O NUMERO DO ZÉ?!”
“EU NEM SEI QUEM É O ZÉ!!!”
“TU ÉS UM IRRESPONSÁVEL, SÃO 6H DA MANHÃ, … (/&$%#”%&/()(&%&%#$%&/(“
É nestas alturas que se vê que as miúdas são mesmo umas chatas. Ficamos sempre sem saber se os Arrozes de Atum compensam.
Tentámos por tudo descobrir o número, mas como não conseguimos, fomos dormir a um Hostel. À tarde, lá conseguimos encontrá-los (ele estava com a Catarina Poppe, também da UCP, em Erasmus) e a partir daí foi tranquilo. O Zé foi impecável, foi giro estar num grupo Tuga outra vez e apanhámos uns dias de Sol.
Na 2ª, a Marta foi para casa e nós para Estocolmo. Lá apanhámos o barco para chegar ao nosso primeiro destino da viagem – Tallin, na Estónia.
O BARCO ERA BRUTAL. BRUTAL MESMO. EPIC.
8 andares, 4 ou 5 restaurantes, bares, salão do cigarro, cabaret, sala dos videojogos, discoteca, sauna, piscina, etc. Senti-me ridículo por pensar no Titanic quando faço o Ferrie de Setubal para Troia, no Verão. Isto sim era o Titanic. As escadas do barco… Com uma inundaçãozinha ficavam iguais! Só faltavam os violinistas.
Claro que nos divertimos imenso, partilhámos uma cabine de 4 com 2 italianos porreiros e fomos todos bezanos para a night (as bebidas eram baratas…).
De manhã, acordámos em Tallin e fizemo-nos à estrada. Estivemos lá um dia mas a cidade é pequena. A arquitectura é diferente, já um bocado a puxar para o estilo russo. Há mais para falar de Tallin mas, como estou com pouco tempo, vamos já para o que interessa. Ao fim da tarde partimos para a Russia e, eu e o Manu, quase íamos ficando para o resto das nossas vidas na Estonia. Felizmente o autocarro demorou mais 2min a sair.
Os segundos passaram…
Os minutos passaram…
E Nunca mais chegávamos. Passámos no controlo bem apertado da fronteira e, finalmente chegámos ao sitio donde vos escrevo hoje: S. Petesburgo.

g

A cidade é linda! Lindo! Só palácios, Igrejas e construção imperial. Estou impressionado com a grandeza disto tudo. Hoje já visitei várias coisas, entre as quais o museu do Vodka, que envolvia umas provas que me deixaram alegre o dia todo. Acabo agora de apanhar boleia com um desconhecido do Urzebequistão que me deixou no hotel.
A internet é lenta, cara e cheia de problemas. È difícil entrar em detalhes e personalizar as novidades em Skype ou mails. Estou ansioso por falar com todos e mostrar fotografias mas por agora teremos de nos contentar com isto!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

OS MEUS PAIS


Esta semana estiveram cá os meus pais
Não os via há muito mas eles estão iguais
A mãe esqueceu-se cá dos postais
O pai tentou falar com todos os locais


Houve sol e céu azul, foram dias anormais
Vimos os Fiodes de barco pelos canais
As paisagens do comboio eram brutais
Em Oslo houve bué momentos culturais


Nos restaurantes o preço era alto demais
Ainda assim provámos pratos tradicionais
Quando as contas chegavam, eram fatais
E o pai pensava "Há aqui zeros a mais..."


Houve desentendimentos muito normais
Mas no geral foram dias muito legais
Em minha casa há ideias que são universais

como por exemplo...

"A Ana e o Zé são o casal dos casais"



segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ISTO É INTERESSANTE.


Esta semana aconteceram três (3) coisas que vou agora contar rápido:

1. A faculdade organizou o International Day. Basicamente os estudantes estrangeiros tinham direito a um Stand onde promoviam a sua faculdade de origem. Eu entrei e foi giro. Ainda conseguimos convencer uns nabos que a Católica é que é. lol

2. Isto é a porta do meu quarto:


Esse bonequinho todo feliz que aí está e que diz "This week I am the hall monitor" significa que fui o empregado da semana. Acho que nunca tinha lavado um chão tão nojento. Pena não ter chamado a National Geografic antes de lavar a cozinha; podiam-se ter feito descobertas.

3. Os donos do Blogger.com acham de certeza que eu sou um homem esquizofrénico com alzeimer que está no manicómio. Tudo isto é inventado - pensam eles - e a prova é que NINGUÉM COMENTA NO MEU BLOG!
Já os dos correios devem achar que em minha casa está instalado o clube de fãs do Enrique Iglesias. É verdade! Recebi mais duas cartas. Já vou em 5! Uma por semana não é nada mau!
Obrigado a todos. Quem ainda não teve resposta, terá em breve e em proporção!
Quem ficar com ideias depois deste post fica aqui com a minha morada:

CLUB DE FÃS DO ENRIQUE

E BLOKK, E, 310
HATLEBERG STUDENTBOLIGER, HATLEVEIEN 5 E
5041 BERGEN, NORWAY

Cumprimentos a todos.
Vou buscar os meus pais ao centro da cidade!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

BERGEN HIKE 2009

Olá. Tudo bem? Comigo sim. No último fim-de-semana fui com os estudantes Exchange subir às montanhas. Eu tinha-me inscrito para ir já há imenso tempo, mas esqueci-me em que dia era. No dia em si, cruzei-me com o Daniel (amigo alemão)

nas escadas que me disse:

-Achei que ias ao Hiking...

-Mas eu vou! É quando?

-É para estar agora no centro da cidade! Eu já estou atrasado!

Então eu fui, sem nada no estômago! Apenas levei uma lata de ervilhas e outra de atum que não consegui abrir a viagem toda porque me esqueci do abre-latas e ninguém tinha.

Tirando isso foi bem giro. Estar neste sítio está a desenvolver em mim um gosto pelo ar livre. Adoro ir à montanha, mesmo com chuva, à pesca, nadar em lagos e amar a Mãe (Natureza). Passando à frente, no hiking fiz o caminho com alguns os meus amigos Exchange: o Mehmet Ali (turco), o Sebastian (alemão), o Andreas (Norueguês), a Marisa (Portugal) e o Bourbon.










Até posso falar um bocado de cada um, já que nunca falei. O Mehmet Ali é um turco simpático que aprende português com a Marisa e que sempre que me vê diz “Como é que é puto?” e, em várias partes aleatórias do dia, diz “Na booa!”. O Seb é fixe e, entusiasmado com a vinda dos Aqua à minha universidade, decidiu cantar “I’m a barbie girl” com as mãos. E sim, é verdade. A banda Aqua, famosa pela música da Barbie, vai dar um concerto na minha universidade. Continuando, o Andreas é um norueguês que não percebe como é que há estudantes Erasmus que “só” bebem 10 cervejas por noite.

No fim do Hiking serviram uma refeição ligeira para alguns. Não sobrou muito para eles depois de eu me atirar aos tachos tal era a fome.

Antes de me despedir deixo-vos, BARBIE GIRL



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sunny Days



Esta semana o impensável aconteceu: o Sol nasceu, as nuvens bazaram e o vento estagnou. Óbvio que todas as pessoas ficaram malucas (o que é compreensível visto que estamos há mais de um mês a viver num frigorífico).
Falando a sério, isto é um fenómeno interessante. Como está sempre a chover (ou no mínimo, frio), quando o Sol nasce, as pessoas ficam malucas e, numa ânsia de aproveitar ao máximo, vão fazer coisas que não fariam se estivessem “sóbrias”.
Eu acordei, vi o Sol e pensei “Não posso ficar em casa com um dia assim. TENHO DE FAZER QUALQUER COISA!!”. Liguei aos meus putos mas ninguém atendeu. Então pus o fato de banho, a linda T-shirt manga à cava e fui CORRER!
Que erro enorme. Bergen é só montanhas e o meu entusiasmo-solar só esvoaçou quando eu já estava cansado e com um caminho de volta sempre a subir. Além disso perdi-me e fiquei com frio.
Quando cheguei a casa estava tudo louco. Acho que em 10minutos devo ter ouvido a palavra “Sol” pelo menos 20 vezes. Um dos meus vizinhos dizia que não conseguia fazer nada com aquela luz tão forte.
Voltei a ser contagiado pelos raios de Sol e, cheio de pica, fui fazer hiking para a montanha mais alta de Bergen. De vez em quando, eu e os outros pensávamos o que estávamos ali a fazer. Depois olhávamos para o Sol e tudo fazia tanto sentido.
Foi então que surgiu A IDEIA.
Já eram 6h da tarde, o Sol já não estava assim tão forte. Peguei no Manuel e no Diogo - os únicos com coragem para alinhar - e fomos para a praia da Rocha Baixinha. Tomámos 3 banhos no Mar do Norte, cada um com uma duração aproximada de 35 segundos. A água estava tão fria que nem conseguimos tirar uma fotografia decente no mar. Acho que foi o banho mais frio da minha vida. Até doía estar naquela água. Lembrei-me várias vezes de como o Jack e a Rose aguentaram tanto tempo nas águas geladas onde se afundou o Titanic. Naquele momento também desejei ter um armário para me proteger daquela temperatura.

Cheguei a casa e fui passar o fim da tarde no terraço onde tirei umas fotografias do pôr do Sol dignas de um postal. Até pensei fazer um álbum no Facebook chamado
Bergen's worst sunset - pictures from the roof of my house.
Para terminar o dia em beleza fui ver com os outros estudantes exchange o Slumdog Millionaire.
Já não me lembrava como esse filme é bom. JAI HO.


domingo, 13 de setembro de 2009

COISAS QUE SE DESCOBREM AO FIM DE UM MÊS DE ERASMUS NA NORUEGA (ISTO É TUDO VERDADE):

- Quando o Sol nasce com força é quase feriado nacional;

- Ser dona de casa é um trabalho como outro qualquer

- É normal comer massa com pesto duas/três vezes por semana;

- Os Noruegueses são, geralmente, frios e não falam. Mais facilmente se fica amigo duma arvore ou dum poste de
electricidade.

- É uma vantagem ter uma coisa chamada “palha-de-aço” numa cozinha de estudantes sem máquina de lavar;

- Há francesas giras;

- A unha grande do pé atinge um tamanho superior ao de uma pilha AA;

- Quando se tem saudades de Portugal basta ir a www.correiodamanha.pt e pôr uma musica pimba. Dez minutos depois está tudo tratado. (a secção “APITO DOURADO” é a minha preferida)

- As retretes norueguesas não são boas para os Tugas porque têm a base muito alta. Quando se trata de fazer o número 2, o Manel e o Diogo não chegam com os pés ao chão e é desconfortável fazer tanta força sem estar bem apoiado;

- Dizes frases tipo: “Today logo se vê”;

- Embora a minha mãe não esteja cá, a sua voz ecoa, em certos momentos, na minha cabeça. Ex: Noutro dia, antes de entrar num barco para uma viagem de 6h, ouvi a sua Sábia voz com aquele conselho que só raras vezes ela me dá: “Vá já à casa-de-banho porque a do barco não vai ser tão limpa”

terça-feira, 8 de setembro de 2009

SEMANA DA BELA



Esta semana recebi a minha primeira visita: a Bela.
Foi giro. Percebi que ainda não conheço assim tão bem a minha cidade embora já saiba dizer umas coisas. Num dos dias fomos fazer algo muito nórdico. Ski no gelo. Divertimo-nos imenso. Fomos de manhã e não estava lá ninguem. Ficámos sozinhos no gelo a treinar e no fim já estávamos, pelo menos, com confiança.
Este fim de semana planeámos uma viagem Tuga. Dissemos ao Gonçalo, ao Diogo, à Marisa e ao Manel (estudantes portugueses aqui em Bergen) para virem connosco explorar o Sul. Quase todos alinharam e, na noite antes, cortaram-se todos! Estavamos indecisos mas fomos à mesma (e levámos o Manu!).
ADORÁMOS! Fomos à 4ª maior cidade norueguesa e eterna rival de Bergen - Stavanger. Lá há um dos maiores fjords do país ao qual nós subimos. Foi extreme porque estava frio, chuva, nevoeiro, sabíamos que não íamos ver nada lá de cima e era um caminho só de rochas, lama e água. Chegámos lá acima e estava tanto nevoeiro que nem se via o fim do precipício. Já estávamos conformados quando o Sol apareceu e expulsou o nevoeiro deixando-nos perante uma paisagem diga no "Senhor dos Anéis".
ARRASADOR.
Agora chegámos a Bergen e vamos aproveitar o último dia!




http://www.facebook.com/album.php?aid=120909&id=665626431&l=c3c078da8e

domingo, 30 de agosto de 2009

TERCEIRO POST


Na primeira semana que cá estive, a faculdade deu-nos um cartão que dá acesso gratuito a vários pontos de interesse em Bergen. Esse cartão é válido esta semana e a próxima. Assim, o Manuel, o Diogo e eu decidimos que ontem era o dia de ir a tudo. Começámos de manhã com o museu da cidade e a seguir planeávamos ir ao ringue de patinagem no gelo. Acontece que, quando estávamos à espera do autocarro para ir patinar, uma senhora aparece do nada a perguntar se queríamos um quilo de camarão fresco. Ela tinha-o comprado mas afinal não o queria mas também não queria pô-lo no lixo. É o que acontece quando se vive num pais rico e piscatório. Obviamente, ficámos com o camarão e viemos para casa.
À noite, com uma ajuda deles, eu cozinhei uma massa de camarão com natas, tomate, alho e cebola que ficou brutal.


Depois fomos para a noite e foi giro. As saídas à noite aqui são giras porque frequentemente dão músicas que não se esperam mas que conseguem surpreender. Fomos com dois turcos e um chileno mas ao longo da noite estivemos com imensa gente da faculdade.
Entretanto descobri que há uns voos baratos para cá operados pela Ryanair. Se alguém quiser saber detalhes, diga. Acho que dá para fazer ida e volta por €120.

domingo, 16 de agosto de 2009

WELCOME WEEK

Na primeira semana que cá estive foi a Welcome Week. Basicamente são seis dias cheios programas para os estudantes Exchange se conhecerem. Houve imensas actividades e eu gostei do geral.
Logo no primeiro dia tínhamos uma festa numa discoteca e uma pre-party. As pre-parties são muito comuns aqui e resultam de dois factos: o preço do álcool nos bares e o desejo que os Noruegueses têm de beber (ainda não descobri qual é mais alto). Assim, foram feitos aleatoriamente grupos de 12 pessoas, para se irem conhecer nas respectivas pre-parties. Para quem ainda não percebeu, uma pre-party é estar com pessoas a beber antes de ir sair.
A minha festa começou às 4h da tarde e fomos sair por volta das 9:30.
Desde então já houve mais alguns programas sendo que o objectivo foi, quase sempre, embebedar os participantes. Houve dias soft mais virados para a cultura Norueguesa ou para o turismo.
Ontem fizemos o último jogo que era por equipas. Eu era Fox e competia contra os Fishes. Foi giro. Havia vários desafios para ganhar pontos desde dance-competitions a Curling mas claro, o objectivo do jogo era, mais uma vez, embebedar-nos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O PRIMEIRO DIA

Cheguei a Bergen dia 9 de Agosto e só precisei de meia hora para apanhar o meu primeiro susto em Norueguês.
Vim sempre a dormir no avião, aterrei e fui buscar a minha mala. Para quem não sabe, o aeroporto de Bergen não é muito grande e só tinha duas passadeiras de malas activas quando eu cheguei.
Lá estava eu à espera da mala que nunca mais chegava (já se está mesmo a ver como é que isto vai acabar). Esperei, esperei, esperei, as pessoas começavam a ir embora e eu, ali, cada vez mais sozinho, a depositar toda a minha esperança no aparecimento da minha mala. Como já tinha recebido várias indirectas de que a mala não ia aparecer, os senhores do aeroporto decidiram mandar-me uma directa. Olho para os ecrãs e, agora, está lá escrito “LUGGAGE FROM NICE”.
Bem, foi bastante chato. Estava ali, completamente sozinho, nem mala tinha! Depois de me mentalizar que o meu pai não ia aparecer para resolver o problema – demorou mais ou menos 7 minutos – fui às reclamações da KLM.
Comecei a preencher um formulário a explicar tudo o que sabia sobre o percurso da minha mala e outras coisas até que chega uma senhora turista que diz: “Is this yours?” E ERA MESMO!!! A MINHA MALA!
Ela tinha uma igual e levou a minha por engano.
(Aparentemente o marido levou a mala dela e ela a minha. Só perceberam que tinham duas malas iguais quando chegaram ao carro!)
CONCLUSÃO 1: Eu devo ter tendência para atrair este tipo de episódios
CONCLUSÂO 2: Há Noruegueses muito Jorges