Chegámos a Moscovo e, embora estivessem menos 2 graus, andei de T-shirt a manhã inteira. Desperdicei um bocado a visita guiada da manhã porque estava cansado demais e, assim como toda a gente com excepção da guia e do motorista, adormeci no autocarro. Só me lembro de chegar ao hotel e ouvir a guia a acordar-nos após 3:30 de desprezo.
Em Moscovo fomos ao Ballet russo com os nossos amigos Exchange mas, à saída, perdemo-nos deles. Fui com o Manu ao Sushi.
(preparem-se para esta história)
Chegamos lá e, após nos dizerem que têm menus em Inglês, trazem-nos um em russo para a mesa. Nós pedimos à Sra. a versão inglesa mas ela disse que traduzia e eu perguntei-lhe se este prato era sushi ou sashimi, frito ou cozido, “blá, blá, blá”. Estávamos com pressa porque queríamos ir para a noite e, por isso, encomendámos o prato mais barato do menu russo. Esperámos meia hora e o prato, que era o mais barato, nunca mais chegava. De repente chegam dois pratões gigantes com umas 30 peças de sushi cada. “Comer na Russia é mesmo barato, pensámos nós”. Mandámos vir mais um prato igual.
Quando chega a conta, em vez dos esperados 900r que íamos pagar, recebemos 5100 (quase 150 euros)!
Chamo a empregada, que diz não percebeu que prato é que queríamos por isso escolheu um (curiosamente o mais caro). Eu disse-lhe que nunca iria pagar aquele valor e que, se ela não percebeu que prato tinha sido pedido, era um problema dela visto que eu não percebo russo.
A mulher era tão burra que aquilo não podia ser esquema. Só dizia “ but I brought you Sashimi becauce we talked about it…” e eu estava-me a passar. Depois dizia, “Well, I understand your point of view but you ate the sashimi so now you’ll have to pay”. E eu sempre a recusar. Passado um bocado ela aparece com uma conta nova. Diz que falou com a chefa que lhe disse que eles tinham de fazer uma conta nova porque nós tínhamos razão.
Abro a conta: 4500!
Fiquei no restaurante pelo menos 1:30 a resolver isto. Acabamos por pagar 1200, mas eu tinha pago 4000 a alguém que tivesse levado aquela mulher para a Ilha da Pascoa e a deixasse lá para sempre.
Agora que penso nisso, se calhar foi ali que clonaram o meu cartão… Não. Aí quem pagou foi o Manel. Devem ter clonado o meu ao almoço e o dele ao jantar.
Saímos do restaurante, tardíssimo, chateados mas de barriga muito cheia! A depressão apoderou-se de nós. Perdemos a saída à noite Exchange em Moscovo porque ficámos a discutir com a mulher. Estava a chover torrencialmente e ninguém nos queria dar boleia para o hotel. Todos os transportes já tinham fechado e o hotel era nos subúrbios (tipo 2h a pé, para quem sabe o caminho).
Senti muito a falta do meu Dudu (carro Daweoo).
Daí, e graças à nossa veia musical, veio uma música inspirada no Boom Boom Boom Boom (dos Vengaboys) que glorifica o Daweoo que nos salva destes momentos chuvosos e tristes em Lisboa.
Era assim:
Dudu Dudu
Dá pra sentar o cu
Para ir prá faculdade
A toda a velocidade
...
Foi então que eu literalmente enfiei a pata na poça e fiquei molhado ate ao gémeo. Desta vez, inspirados pelos SantaMaria e o seu famoso tema “Há um mar à solta nas areias deste mar”, fizemos um videoclip:
Para quem não percebeu:
Há uma poça à solta nos passeios desta rua
Tudo gira à minha volta
Não há táxis, Tou Lixado!
Ohhhh
AS PINGAS DA CHUVA!
Bem, depois de muita chuva e muito penar, lá arranjámos um homem que nos deixou no hotel. Foi giro porque, quando chegámos lá, ninguém tinha ido sair.
No dia seguinte fomos visitar tudo. Moscovo é também uma cidade brutal mas já estávamos a ficar cansados da desorganização russa. Fomos ao Kremlin e à Praça Vermelha, visitamos as ruas todas mais importantes e as Igrejas mais conhecidas. Às 11h da noite fomos embora para Helsínquia que foi, para mim, a pior cidade do norte.
(por isso não vou perder tempo a contar-vos como foi).
Um alto barcão trouxe-nos de volta a Stockholm onde passámos dois óptimos últimos dias. A Joana (da UCP) arranjou acolhimento para nós e ficámos em casa duns amigos dela da Nova. Ela fez anos na 2ª, pelo que houve um bom jantar tuga para comemorar. Stockholm é uma das melhores cidades do Norte da Europa. Moderna mas não muito industrial e bastante jovem. Fomos ao museu do Nobel (bastante fraco quando comparado com o de Oslo, só sobre o prémio da Paz), ao ex-palácio dos reis e outros sítios giros.
Uma das melhores coisas que fizemos foi passar no Ice Bar. O primeiro bar do mundo inteiramente construído em gelo, com temperatura ambiente de -5ºC. O bilhete dá direito a uma roupa de esquimó, luvas e uma bebida. Óbvio que o bar é lindo e que adorámos.
A barman adorou-me desde o momento em que eu lhe disse “This is so cool”.
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