quarta-feira, 21 de outubro de 2009

From Russia With Love (Parte I)

Olá a todos mais uma vez. Parece que finalmente vou poder contar com mais calma as minhas últimas semanas, visto que tenho duas horas de espera no aeroporto de Oslo para preencher. Começo por vos falar do meu primeiro dia em S. Petesburgo. Nesse dia, supostamente, íamos acordar cedo para planear o dia e combinámos encontrar-nos com outros Erasmus no pequeno-almoço do hotel, de manhã. O plano só não se concretizou devido a um fenómeno que acabo de baptizar como “A mãozinha anti-som do Manuel”. Mal o despertador toca, para as horas que ambos programámos no dia anterior, a mãozinha anti-som do Manuel dá-lhe uma marretada tal que ele cala-se para sempre. Graças a esse comportamento, já conhecido anteriormente, chegámos logo atrasados à nossa primeira combinação de sempre com alemães.

Aproveito agora para vos descrever como é tomar o pequeno-almoço buffet num hotel de quatro estrelas russo. Eu já vinha preparado para este evento porque em pequenino joguei várias vezes à apanhada e às escondidas. Tudo funciona assim: os empregados põem os produtos na bancada para nós levarmos para a mesa. O que se passa é que os produtos vêm em pouca quantidade e raramente são repostos. Quando nos dirigimos a um empregado eles vão sempre para o coito. Ex: Como já não havia ovos mexidos, decidi ir pedir ao cozinheiro que me fizesse uns. Dirigi-me ao senhor que se escondeu atrás do bacon e depois fugiu para as omeletes. Quase que o apanhei atrás dos ovos cozidos mas ele chegou mais rápido à cozinha e nunca mais saiu.

A seguir tivemos uma visita guiada numa camioneta com uma guia. Na Rússia, por motivos óbvios, ninguém fala Inglês na geração dos guias, pelo que a visita foi muito divertida. A primeira frase dita pela guia no microfone foi: “Welcome to St. Petesburg, European Style Niver River Peter The Great”. Essa frase foi repetida inúmeras vezes e parecia ter sempre um significado diferente. Ainda assim a visita foi óptima, deu para aprender algumas coisas e ficar com uma boa ideia da cidade.

Nos dias seguintes passeámos por ali e vimos com mais calma a maior parte das coisas importantes.

COMBOIO PARA MOSCOVO: UMA EXPERIENCIA QUE (não) É PARA TODOS

Imaginem uma viagem de comboio de 15 horas. Agora imaginem que não há bancos, só camas. Que não há portas. Que chegam à vossa cama e estão dois chineses (um de tronco nú) lá sentados a falar com as vossas vizinhas da frente, duas chinesas (e uma tem menos de 2 anos e chora à noite).

(na verdade chamar vizinhas a essas pessoas é simpático. Vou chamar-lhes antes companheiras uma vez que elas estavam perto demais para ser vizinhas.)

(Durante a noite, acordei com os pés da mãe chinesa praticamente na minha cara.)

Continuem a imaginar. Um comboio onde todas as pessoas, quando querem ir para os seus lugares, passam no corredor central, tão perto da vossa cama que não é raro levar com umas malas na cabeça/pés durante o sono.

Foi muito intenso.

As memórias do Titanic desapareceram e só não tive medo de ser roubado pelo Jamal Malik e pelo irmão porque neste comboio também não havia…

JANELAS!!!!


(continua...)

Um comentário:

  1. ainda me pergunto como e que depois do inter deixas que seja o manel a por despertador!! bjs fá

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